28/04/2014

Um novo olhar...

Contam que, certa vez, duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e valente, assim, logo ao cair, nadou até a borda do copo, mas como a superfície era muito lisa e ela tinha suas asas molhadas, não conseguiu sair. 

Acreditando que não havia saída, a mosca desanimou, parou de nadar e de se debater e afundou. Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte, era tenaz. 

Continuou a se debater, a se debater e a se debater por tanto tempo, que aos poucos, o leite ao seu redor, com toda aquela agitação, foi se transformando e formou um pequeno nódulo de manteiga, onde a mosca conseguiu, com muito esforço, subir e dali levantar vôo para algum lugar seguro. 

 Esta história é um elogio à persistência: que é uma virtude condutora ao sucesso). 

Só que tempos depois, a mosca, por descuido ou acidente, novamente caiu no copo. Como já havia aprendido em sua experiência anterior, começou a se debater, na esperança de que no devido tempo, seria capaz de se salvar. 

Outra mosca, passando por ali e vendo a aflição da companheira de espécie, pousou na beira do copo e gritou: “tem um canudo ali, nade até lá e suba pelo canudo”. 

A mosca não lhe deu ouvidos, baseando-se na sua experiência anterior de sucesso, continuou a se debater e a se debater, até que, exausta, afundou no copo cheio de água! 

Pensando bem, muitos de nós nos comportamos da mesma forma quando não conseguimos ouvir aquilo que quem está de fora da situação nos aponta como solução mais eficaz e, assim, perdemos a oportunidade de “reenquadrar” nossa experiência.

Ficamos paralisados, presos aos velhos hábitos, com medo de errar. “Reenquadrar” é permitir-se olhar a situação como se ela fosse inteiramente diferente de tudo que já vivemos. “Reenquadrar” é buscar ver através de novos ângulos, de forma a perceber que fracasso ou sucesso podem ser encarados como aprendizagem. 

Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de notar as mudanças no ambiente e ficamos nos esforçando para alcançar os resultados esperados até que afundamos na nossa própria falta de visão?